Criação com recompensa, funciona?
Publicado em 14 de abril / 2022
Durante toda a nossa vida estamos acostumados a um sistema muito simples, o de recompensa, ou seja, você realiza algo se a pessoa oferecer uma compensação em troca. Isso vale para a educação infantil também, mas será que funciona?
Antes de recorrer tão facilmente à técnica, os pais devem pensar se a criação com recompensa é a melhor para os seus filhos. Vamos falar mais sobre isso a seguir, acompanhe.
Recompensa: dar ou não dar?
Não é raro que os pais recorram às recompensas a fim de convencer os pequenos caso exista muita resistência em cumprir uma tarefa, seja a de arrumar o quarto, a ir ao dentista, a comer toda a comida e etc. Essa tende a ser uma alternativa, de fato, efetiva.
Mesmo assim, se a cultura das trocas se torna uma prática frequente podem acontecer pelo menos dois problemas, tanto para a relação de pais e filhos como para o desenvolvimento da criança, pois:
- A criança pode querer fazer somente o que trouxer algo em troca: Se isso acontece, a criança perde a oportunidade de aprender sobre habilidades sociais e passa a fazer o que lhe é pedido apenas pela troca, e não pelo cuidado, crescimento e convívio com o outro.
- A criança pode ficar viciada nesse tipo de sistema: Quando isso acontece, a criança passa a fazer menos coisas do que é esperado dela, aguardando pelo momento em que os pais irão oferecer algo em troca daquelas atitudes.
Incentivo X Condicionamento
Apesar dos problemas que citamos, existem duas maneiras de encarar a criação com recompensa. A primeira é acreditar que a técnica é um estímulo para as crianças compreenderem que tudo na vida tem consequências e que as coisas devem ser conquistadas.
A segunda maneira, que mencionamos acima, é defender que o método dificulta o desenvolvimento da autonomia da criança, podendo, ainda, conduzir a um conformismo e alienação dos reais motivos pelos quais se deve fazer determinadas coisas.
Portanto, não necessariamente é preciso abolir o sistema, mas usá-lo com cuidado. As recompensas podem ser usadas como reforço positivo, porém sem criar uma relação de dependência entre a ação e a gratificação. Portanto, os pais devem privilegiar sempre o exemplo positivo e respeito mútuo para auxiliar no desenvolvimento infantil.
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