Com o tema da saúde mental se tornando cada vez mais relevante, é quase certo que o seu filho irá, em algum momento, ouvir falar da campanha do Setembro Amarelo. Mas você sabe como trazer esse tema para a conversa?

Não apenas os adultos, mas também as crianças e os adolescentes precisam discutir a sua saúde mental, afinal, elas também são afetadas por males como depressão, ansiedade e outros. Por isso, é essencial saber como conversar com o seu filho sobre o tema. Acompanhe a leitura e veja como.

O que é o Setembro Amarelo?

A campanha do Setembro Amarelo acontece no Brasil desde 2014, sendo uma organização da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM. O mês foi escolhido pelo fato do dia 10/09 já ser o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Dessa forma, a campanha vem como um alerta para toda a sociedade sobre a importância dessa temática na vida de jovens e adultos, justamente para prevenir que casos extremos, como o suicídio, aconteçam. 

Posso falar sobre o tema com o meu filho?

Apesar de parecer muito pesado, o tema do suicídio torna-se realidade cada vez mais cedo. Entre os jovens, o número assusta: as mortes entre 10 e 19 anos cresceram 18% de 2011 a 2015, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para evitar que esses números continuem aumentando é essencial normalizar a conversa sobre saúde mental durante a infância e a adolescência. Falar sobre o ato não é promovê-lo, muito pelo contrário, ajuda a identificar os sinais indicativos relacionados a problemas emocionais nos filhos.

Como trabalhar o assunto?

A melhor forma de prevenir problemas relacionados à saúde mental sempre será o diálogo. Portanto, para introduzir o assunto dentro de casa você pode usar os seguintes meios:

Desenvolver a inteligência emocional

Uma das formas de abrir caminho para conversar sobre o assunto é trabalhar as habilidades socioemocionais em casa. Isso auxilia os filhos a reconhecer e a saber lidar com os próprios sentimentos. 

Desse modo, estimular o pensamento crítico, encorajar a expressão dos sentimentos – seja através da arte ou da escrita – são exemplos de como desenvolver o socioemocional na prática. Assim, você cria uma relação de confiança, fazendo a criança enxergar a própria casa como um ambiente pronto para ajudá-la.

Acompanhar de perto seus filhos

Alguns sinais podem indicar pensamentos ou comportamentos preocupantes, por isso, ter o conhecimento e atenção necessários ajudam na identificação desses alertas. 

Sinais de isolamento social, queda no rendimento escolar, falta de motivação com as atividades, mudanças drásticas de atitudes, abandono das amizades, perda de interesse por atividades que antes traziam prazer e outros podem indicar que algo está errado. Avalie a situação e verifique se é o caso de pedir ajuda profissional para a criança.

Esperamos que esse artigo tenha te ajudado. Não se exima de pedir ajuda de um profissional qualificado caso a criança esteja dando sinais de adoecimento emocional, também ofereça um ambiente confortável em que ela possa buscar apoio sempre que necessário.