O controle excessivo dos pais pode ser prejudicial às crianças
Publicado em 26 de agosto / 2022
Há muitos anos a discussão sobre a melhor forma de criar os filhos tem sido pauta de pedagogos, psicólogos infantis e pais. Porém um consenso que parece ter surgido é que o controle excessivo na parentagem tem efeitos mais negativos do que positivos.
Quer entender o porquê? Continue a leitura e saiba mais sobre os riscos do controle excessivo dos pais nas crianças.
Consequências emocionais
Problemas com autonomia e até desenvolvimento de quadros de depressão e ansiedade são alguns dos males que podem afetar crianças que sofrem com o controle excessivo dos pais. Isso foi o que concluiu uma pesquisa de médicos canadenses publicada em 2021 pela Universidade de Cambridge.
De acordo com o estudo, jovens que são criados por pais rígidos apresentam redução significativa em duas estruturas cerebrais fundamentais para a regulação das emoções: o córtex pré-frontal e a amígdala cerebelosa.
Assim, esse efeito os deixa mais propensos a desenvolver transtornos da mente, além de ficarem introspectivos e com dificuldades de se relacionar socialmente.
Mas o que é controle excessivo dos pais?
Na psicologia, educação autoritária é considerada aquela com comportamentos excessivamente controladores, à base de grito, diálogos agressivos e repressão das emoções.
Portanto, quando o filho não encontra nos pais uma abertura para o diálogo e uma segurança, é natural que ele comece a mentir e omitir para evitar conflitos. O que pode expô-los a situações de risco.
Ainda existem aqueles pais que usam o controle para “proteger” os filhos do mundo ao redor, impedindo que eles tenham as próprias experiências. Isso muitas vezes causa o efeito oposto, fazendo com que a criança não tenha noção da violência das grandes cidades, prejudicando seu instinto de autopreservação.
E como corrigir o controle excessivo?
A psicologia recomenda que na hora de criar os filhos, os pais adotem o modelo democrático, também chamado de autoridade afetiva, que estimula um desenvolvimento positivo.
O princípio é o estabelecimento de regras e limites aliado à comunicação e ao afeto. Isso não significa fazer todas as vontades dos filhos, mas sim estar disposto a explicar as negativas e praticar o diálogo.
Se a criança recebe apenas estímulos neurológicos que suscitam medo, ameaça e dor, ela tende a não ter um amadurecimento saudável.
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