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17
jul
2025

Dormir sozinho: por que tantas crianças têm medo (e como ajudar com afeto e paciência)
Publicado em 17 de julho / 2025

Se você tem sido acordado no meio da noite por um par de pezinhos correndo até sua cama, saiba que você não está sozinho nessa. O medo de dormir sozinho é muito comum na infância, especialmente entre os 2 e 6 anos, mas também pode aparecer em crianças mais velhas, principalmente em momentos de mudanças ou insegurança emocional.

Nessa fase, dormir longe dos pais pode parecer assustador. Às vezes, basta um dia mais agitado, uma mudança de escola, a chegada de um irmãozinho ou até uma simples sombra no quarto para transformar o momento do sono em um verdadeiro desafio.

Por que isso acontece?

Para as crianças pequenas, o quarto escuro pode se transformar num palco de aventuras (ou medos!). O barulho do vento vira um monstro, a sombra na parede parece ganhar vida e o silêncio da noite pode soar ameaçador para uma imaginação tão ativa.

Além disso, o vínculo forte com os pais durante o dia pode tornar mais difícil o momento de separação à noite. E quando há alguma mudança emocional — como uma perda, mudança de casa ou rotina diferente —, a tendência de buscar conforto na presença dos pais cresce ainda mais.

O impacto do medo noturno no sono e na rotina

Pode parecer inofensivo no começo, mas quando a criança passa a dormir mal ou acordar várias vezes durante a noite, isso afeta diretamente seu bem-estar e desenvolvimento. A falta de sono profundo pode gerar:

  • Cansaço excessivo durante o dia;
  • Dificuldade de concentração e aprendizado;
  • Irritabilidade;
  • Baixa imunidade;
  • Dificuldade para desenvolver autonomia emocional.

E claro, os pais também sofrem: noites mal dormidas viram dias mais difíceis, com menos paciência, mais culpa e o desejo (muito compreensível!) de simplesmente conseguir dormir um pouco mais — mesmo que isso signifique dividir a cama.

Como ajudar a criança a dormir sozinha com mais tranquilidade

A boa notícia é que existem formas de tornar esse processo mais leve e respeitoso, tanto para a criança quanto para os pais. Veja algumas estratégias que podem ajudar:

Crie um ambiente acolhedor no quarto da criança
Luz suave, pelúcias favoritas, cobertores que trazem segurança e uma decoração tranquila ajudam a tornar o espaço mais convidativo.

Estabeleça um ritual do sono
Banho morno, uma historinha calma, uma música suave — esses pequenos passos sinalizam ao corpo que está na hora de descansar.

 Evite telas e conteúdos agitados antes de dormir
Nada de vídeos ou histórias assustadoras. O ideal é um ambiente calmo e sem estímulos fortes pelo menos uma hora antes de dormir.

Seja presença, mas não dependência
No início, você pode sentar-se ao lado da cama até que a criança adormeça, sem deitar junto. Aos poucos, vá se afastando — sempre com paciência e consistência.

Mantenha uma rotina regular
Dormir e acordar nos mesmos horários ajuda o corpo a se adaptar melhor ao descanso.

Quando buscar ajuda profissional?

Se o medo de dormir sozinho for muito intenso, persistente ou estiver impactando significativamente a rotina da família, pode ser interessante conversar com um especialista em sono infantil ou um psicólogo infantil. Eles podem ajudar a entender melhor o que está por trás desse comportamento e oferecer estratégias personalizadas.

Dormir sozinho é um marco importante na infância, mas cada criança tem seu tempo. O papel dos pais é guiar esse processo com carinho, firmeza e escuta ativa. Com um pouco de paciência (e algumas noites mais curtas), logo esse medo vai dar lugar à confiança — e ao descanso merecido de todos.

 

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