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2020

Inclusão Social: conversando sobre isso com crianças
Publicado em 04 de dezembro / 2020

Ainda hoje muitas pessoas são excluídas ou discriminadas do convívio social, seja por cor da pele, por uma deficiência física , por uma cultura diferente e até por características psíquicas e emocionais. 

 

É fato que a escola é um dos ambientes em que as crianças mais estão expostas a todo tipo de diferença. E entender que a inclusão social é importante pode fazer o mundo ser melhor, fará com que os pequenos cresçam de cabeça mais aberta. 

 

Mas o que é inclusão social? Segundo o site Politize, podemos definir esse termo como uma ferramenta importante de participação e controle social, responsável por atuar na garantia de direitos a todos os cidadãos e na manutenção da democracia como regime político igualitário.

 

Isso significa que ao ensinar seu filho sobre inclusão social, você está ensinando sobre respeito, e mostrando que apesar das diferenças, todas as pessoas precisam ser incluídas em um plano social para viverem uma vida digna.

 

Mas a pergunta que fica é: como conversar sobre esse assunto com as crianças? É justamente sobre isso que falaremos neste artigo. Confira o que preparamos para você abaixo e boa leitura! 

Quem são os excluídos? 

O primeiro passo é ajudar as crianças a identificar os excluídos socialmente. E com excluídos queremos falar daquelas pessoas que menos são valorizadas por diversos motivos. Veja uma lista com alguns tipos de exclusão social para entender melhor: 

 

  • Exclusão étnica: relacionada aos grupos minoritários excluídos em razão da etnia ou cultura, como os índios e negros.
  • Exclusão econômica: relacionada à exclusão de pessoas com menor poder aquisitivo na sociedade que não conseguem ter acesso a bens e serviços.
  • Exclusão de gênero:relacionada, geralmente, às mulheres e grupos que não se adequam ao gênero de nascimento, como os transexuais.
  • Exclusão patológica: relacionada à exclusão de indivíduos em razão de alguma doença ou deficiência, como cadeirantes e pessoas vivendo com HIV.
  • Exclusão sexual: faz referência à exclusão de indivíduos determinada pelas preferências sexuais, como lésbicas e homossexuais.

 

Talvez, dessas, os seus filhos podem não ter o contato direto com a exclusão sexual e alguns braços da exclusão de gênero na escola. Mas em algum momento da vida eles vão se deparar com pessoas diferentes nesses sentidos e o entendimento delas deve ser: são apenas pessoas comuns, como eu!

É preciso conversar e mostrar na prática que todo indivíduo é digno de respeito. Ensinar que bullying é errado, que brincadeiras não são engraçadas quando machucam os outros e que as diferenças existem para que o mundo seja até um lugar mais legal de se viver.

 

| Leia nosso artigo sobre como falar de racismo com as crianças

Conversando com as crianças

Bem, agora vamos aos métodos. Você, papai ou mamãe, precisa desenvolver formas para falar sobre esses assuntos. Mas claro, se eles forem taboos para você, infelizmente o jogo já começa com pontos negativos. 

 

Isso porque em toda situação que os filhos precisam ser ensinados sobre algo, os pais devem ser primeiro o exemplo, o espelho onde eles buscarão a referência para moldar o caráter. 

 

Se você é excludente, trata pessoas semelhantes de um jeito e os diferentes de outro, o exemplo negativo estará sendo dado, ainda que não seja racionalmente assimilado.

 

A editora norte americana, Ellen Seidman, mãe de Max, um menino de 15 anos com paralisia cerebral, dá algumas dicas para ensinar aos filhos sobre inclusão social  no seu blog Love That Max:

 

  • Quando o seu filho começar a questionar porque uma pessoa fala diferente, anda diferente ou tem uma cor diferente da dele, explique que cada pessoa é única, mas que por dentro somos todos iguais; 

 

  • Ensine também as crianças com deficiência são mais parecidas com eles do que são diferentes, que gostam de brincar, comer coisas gostosas, precisam estudar, etc;

 

  • Ensine o seu filho a não sentir pena de outras crianças ou pessoas portadoras de algum tipo de deficiência;

 

  • Mostre para ele que há várias maneiras de se expressar e que algumas pessoas podem se comunicar de formas diferentes da dele, mas que mesmo assim, são capazes de entender e sentir;

 

  • Estimule que seu pequeno faça amizade com outras crianças especiais. Isso é importante não só para a inclusão da criança com deficiência, mas também para o próprio desenvolvimento dele;

 

  • Algumas crianças especiais têm medo ou vergonha de se aproximar dos outros. Incentive o seu filho a dizer “oi” e incluí-los nas brincadeiras.

Utilize a arte

Outra maneira de conversar e abordar essas temáticas de maneira mais lúdica com as crianças, é por meio da arte, seja músicas, filmes ou desenhos. Muitas produções tratam diretamente sobre o assunto diversidade e inclusão social, ensinando de maneira subjetiva a lidar com as diferenças.

 

Veja algumas dicas: 

Float

O curta-metragem da Pixar é baseado na história pessoal do roteirista com o seu filho autista. A animação mostra a reação de um pai quando percebe que seu bebê é capaz de flutuar. Ele se vê inseguro diante da expressão de estranhamento dos outros e vive o dilema entre esconder o filho em casa, dos olhares maldosos, ou misturá-lo às demais crianças, valorizando a sua característica diferente.

A diferença é o que nos une 

Conviver com as diferenças e aprender a compartilhar o ambiente em harmonia. É assim que tem que ser. De forma leve, o clipe do Mundo Bita aborda temas relevantes como a inclusão, a solidariedade e o amor.

Shrek 

Série de filmes da DreamWorks baseada na desconstrução de estereótipos e na aceitação do outro, seja ele diferente ou não. Começando pelo casal protagonista, a princesa humana que se apaixona por um ogro e escolhe ser ogra para viver em paz com ele, até o casal formado por um burro e um dragão fêmea.

 

Gostou das nossas dicas? Comece a trabalhar isso com seus pequenos e teremos a certeza de um mundo melhor e mais inclusivo.

 

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