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2021

Como lidar com a compulsão alimentar infantil?
Publicado em 18 de maio / 2021

Você sabe o que é a compulsão alimentar? Esse transtorno é todo comportamento anormal observado na relação que o ser humano desenvolve com sua alimentação. E você sabia que ele pode ser observado já na infância de algumas pessoas? 

Isso mesmo, crianças podem apresentar essa compulsão alimentar e muitas vezes os pais não sabem lidar com isso da melhor maneira possível. É tarefa que cabe aos responsáveis identificar e procurar ajuda profissional para que os pequenos cresçam bem. 

É importante saber que nem só de excesso “vive” a compulsão alimentar. Segundo o DSM-5, a 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, os transtornos alimentares podem ser caracterizados pelo excesso ou redução drástica do consumo de alimentos.

Nas duas opções, esse transtorno causa um sentimento de culpa, tristeza, ansiedade, medo e monta uma figura que não pode ser aceita por si mesmo, distorcendo a autoimagem da criança, gerando vários problemas de autoestima e segurança. 

Os sinais da compulsão alimentar infantil

Mesmo sendo um tema de extrema importância e que exige a atenção dos tutores, a compulsão alimentar vinda das crianças ainda tende a ser desvalorizada. Isso porque as necessidades infantis são muito deixadas de lado ou não entendidas da maneira correta. 

No entanto, no caso da compulsão alimentar, quanto mais cedo for notado cada sinal, mais fácil será o processo de reversão do quadro. É possível minimizar os prejuízos se o diagnóstico for feito de maneira precoce. 

Veja alguns sinais desse transtorno alimentar e identifique o mais rápido possível: 

  • Se alimentar mais rápido do que outras crianças da mesma idade;
  • Mastigar de forma ineficiente, engolir sem mastigar bem;
  • Refeições sem horários definidos, muitas vezes ao dia e também durante a noite;
  • Dificuldade em sentir-se pleno(a) ou saciado(a) ao terminar de comer;
  • Sentir-se angustiado(a) ou culpado(a) ao terminar de comer;
  • Alimentar-se escondido;
  • Comer mais do que o esperado para a idade da criança.

É sempre necessário observar também os padrões culturais de comportamento da família em relação à alimentação. Não pode-se confundir compulsão com algo que está normalmente na rotina, às vezes estamos falando apenas de má educação alimentar.

Como ajudar essas crianças compulsivas? 

Antes de tudo é preciso entender o que há por trás da compulsão alimentar nas crianças. Quais os motivos? Quais as questões precisam ser resolvidas? Nesses questionamentos a ajuda de um psicólogo infantil é muito bem-vinda e importante. Outra ajuda profissional necessária é a do nutricionista para o acompanhamento da alimentação.

Muitos casos de persuasão podem estar conectados aos transtornos alimentares, visto que as crianças são alvos fáceis para a publicidade e tornam-se parte importante do processo de conquista do consumidor.

E cá entre nós, as propagandas de comida são MUITO chamativas. Fique atento à exposição das crianças a esses casos, mesmo que a publicidade infantil seja proibida por ser muito apelativa a alguém sem possibilidade de defesa, o consumo de propaganda pode ser um grande problema em outras mídias, como YouTube e redes sociais. 

Vale lembrar também que não existe alimento infantil! Esses produtos ultraprocessados criam maus hábitos alimentares nas crianças e podem danificar seu paladar já muito cedo. Evite comidas que não são naturais para acostumar o paladar à alimentação saudável. 

Listamos aqui também alguns pontos que podem afetar a relação das crianças com os alimentos. Confira: 

  • Uso da comida como recompensa ou punição – Não faça isso! Quando você supervaloriza uma sobremesa por ela ser recompensa em caso da criança comer os legumes, você estimula ela a pensar que o doce e os açúcares são a parte mais saborosa da comida. 
  • Insegurança afetiva e disponibilidade emocional – A conta é simples: sentimento de baixo afeto familiar tende a ser compensado em outras coisas e uma dessas é a comida. Não deixe um vazio, seja presente e evite que as crianças preencham espaços de afeto com comida.
  • Reforço de estereótipos – Se você é daqueles que está frequentemente preocupado com questões de peso por pura estética e verbaliza isso com frequência, talvez não seja somente a criança que precise de ajuda psicológica. Pare já de reforçar estereótipos de beleza, os números na balança não devem nortear totalmente a percepção de saúde.

Gostou do nosso artigo? Conseguiu absorver o conteúdo? Compartilhe com mais pessoas essa temática tão importante e coloque em prática todas as dicas. Até semana que vem com mais um material novo aqui em nosso blog! 

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